Em 1993, a dieta mediterrânica foi introduzida pela Escola de Saúde Pública de Harvard, com base em algumas tradições alimentares de países do mediterrâneo, entre os quais está Portugal, Espanha e Grécia.
A dieta mediterrânica é hoje uma das mais conhecidas e referenciadas dietas mundialmente, devendo-se em muito ao facto de ter sido reconhecida pela UNESCO como património cultural imaterial.
Ao longo dos anos, a dieta mediterrânica tem demonstrado ser benéfica para quem quer ter um estilo de vida saudável mas, sobretudo, para quem permite emagrecer.
Além dos benefícios aparentes, a dieta mediterrânica contribui também para uma maior longevidade, reduzindo o perigo de sofrer de doenças cardiovasculares, cancro, Parkinson e Alzheimer.
Iniciação na dieta mediterrânica
A dieta mediterrânica consiste essencialmente numa alimentação saudável (legumes e frutas, frutos secos, carnes brancas, peixe, entre outros), juntando-lhe um toque de azeite e, porque não, um copo de vinho tinto a acompanhar.
Por outras palavras, a dieta mediterrânica é muito rica em fibras e antioxidantes mas também em rica nas chamadas “gorduras boas” através do azeite.
Consegue-se pratos absolutamente deliciosos mas que ao mesmo tempo apenas lhe fazem bem. Portanto, pode dizer-se que a ideia é comer bem, sem sacrifícios mas sempre tendo em atenção a sua saúde.
A dieta mediterrânica baseia-se numa pirâmide de alimentos, onde os alimentos que estão na base devem ser consumidos regularmente mas os alimentos do topo apenas devem ser ingeridos ocasionalmente e em pequenas quantidades.
Como a figura do lado ilustra, na base podemos encontrar alimentos como pão, arroz e até massas, subindo para um segundo patamar onde pode-se encontrar peixe, ovos e até doces.
Por último, encontramos no topo da pirâmide dos alimentos as carnes vermelhas.
Mais abaixo será descrito os três patamares ao pormenor mas o que salta à vista é que para se iniciar nesta dieta, não precisa de fazer grandes mudanças.
São alimentos que todos nós consumimos frequentemente, só tem de aprender quais os alimentos que deve ingerir mais frequentemente.
Passemos então à descrição dos três patamares da pirâmide dos alimentos da dieta mediterrânica.
Pirâmide dos alimentos da dieta mediterrânica
Na base da pirâmide temos os alimentos que devem ser ingeridos diariamente.
Além das tradicionais frutas e legumes, encontramos os frutos secos que são uma excelente fonte de proteínas.
Uma curiosidade tem a ver com o uso do sal, ou melhor dizendo, a substituição dele por ervas aromáticas.
Assim, as suas refeições irão continuar a ser deliciosas mas não irão trazer problemas cardíacos e de tensão alta, como no caso do sal.
E para quem pensava que não devia comer massas, arroz ou pão regularmente, a dieta mediterrânica vem desfazer este mito.
A diferença é que estes alimentos não devem ser ingeridos em excesso e devem ser sempre integrais.
São uma fonte de fibras, minerais e vitaminas, essenciais para o seu bem-estar.
No patamar intermédio, encontramos os alimentos que devem ser ingeridos uma ou duas vezes por semana (dependendo das quantidades ingeridas), sendo sobretudo alimentos que fornecem proteínas e gorduras saudáveis.
São eles peixe e frutos do mar, aves e ovos, queijo e iogurtes, entre outros.
Isto significa que este tipo de alimentos são saudáveis mas que apenas devem ser ingeridos ocasionalmente para que não ingira proteínas e gorduras saudáveis em excesso, não afectando assim o seu objectivo de perder peso.
No nível do topo encontram-se os alimentos que apenas devem ser consumidos raramente ou em pequenas quantidades.
Neste nível da pirâmide dos alimentos da dieta mediterrânica encontra-se a carne vermelha e o vinho tinto.
Por um lado, a carne vermelha apenas deve ser consumida uma ou duas vezes por mês, sendo substituída nas refeições diárias por outros alimentos como é o caso do feijão.
Por outro lado, é aconselhado tomar apenas um copo de vinho tinto ao almoço.
Conselhos práticos
Como é possível observar, a dieta mediterrânica consiste em consumir alimentos saudáveis mas sem deixar de fora alimentos que possuam gorduras.
A dieta mediterrânica consiste em como um pouco de tudo porque o corpo humano de vários nutrientes para ser saudável.
Assim sendo, não é de admirar que nesta dieta seja possível comer carnes vermelhas (proibido nas maioria das dietas) e beber um copo de vinho tinto à refeição.
Mas há mais algumas dicas.
Além de ser recomendado comer muitos vegetais, fruta (sobretudo como sobremesa, evitando assim os doces), alimentos integrais (ex. pão), entre outros, para quem segue o regime dietético indicado pela dieta mediterrânica deve também comer aves e peixe (cozidos ou grelhados) em vez de carnes vermelhas (com moderação), substituir o óleo por azeite nos seus cozinhados (isto significa também que deixa de haver fritos na sua dieta), legumes (feijão, favas, grãos, etc) e frutos secos (nozes, etc), iogurte e queijos (um iogurte por dia ou um pouco de queijo fresco nas saladas) e para beber opte por beber um copo de vinho ao almoço e água o resto do dia (uma média de 6 copos de água ou, se preferir, 2 litros de água por dia).
Conclusões sobre a dieta mediterrânica
Agora que sabe em que consiste a dieta mediterrânica já sabe que pode comer bem e estar de dieta ao mesmo tempo. Além disso, para emagrecer rapidamente deve também fazer exercício físico porque uma boa alimentação por si só leva algum tempo até produzir os efeitos desejados.
Acha que esta dieta adequa-se a si? Talvez, já alguma experimentou esta dieta? Conhece alguém que já tenha experimentado?
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